Curriculum design

29-11-2010 00:00

Comentário ao texto de Klein, M.F.,(1985), Curriculum design

Depois de ter lido as contribuições de muitos colegas que ajudaram a sistematizar aquilo que Klein apresenta como curriculum design, gostaria de me centrar num aspecto que me parece fundamental no texto - a necessidade de uma elevada consistência interna. 

 

Para que o currículo possa ter o impacto desejado ao nível das aprendizagens dos alunos tem de existir uma forte compatibilidade entre as fontes de informação (áreas disciplinares, alunos, sociedade) que foram privilegiadas e os elementos curriculares (objectivos, conteúdos, estratégias, avaliação,…). Caso contrário, será difícil olhar para o currículo e perceber claramente o que se espera de cada um dos intervenientes no processo de aprendizagem.

 

Talvez em busca dessa consistência interna, surge com alguma insistência a necessidade de discussão, nos estabelecimentos de ensino, da forma como deve ser feita a articulação horizontal e vertical do currículo, de forma a melhorar os resultados escolares. Analisam-se médias de provas de aferição, dados de avaliações externas e de relatórios de instituições nacionais e internacionais. Discute-se a sequencialidade de conteúdos de cada disciplina e estabelecem-se planos de reforço nas áreas disciplinares consideradas mais problemáticas. Anualmente, colocam-se as mesmas perguntas e encontram-se respostas semelhantes.

 

De um modelo de currículo desenhado com uma forte base disciplinar, a Escola procura ir ao encontro dos interesses dos alunos, para os manter motivados, e dar resposta às necessidades da sociedade que deposita naquela instituição um número crescente de responsabilidades, muito para além das expressas no currículo formal.

 

Será vantajoso continuar a discutir a articulação curricular ou será melhor debruçarmo-nos primeiro sobre a sua consistência?

 

 

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