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Mapa de conceitos - possibilidades e problemas da www como recurso educcativo

26-02-2011 08:46

 

LMS nas escolas - necessidade ou obrigação?

18-02-2011 00:36

 Tal como a maior parte das tecnologias mais recentes, nomeadamente, computadores portáteis e quadros interactivos, as plataformas LMS entraram nas escolas no pressuposto (errado?) de que as suas vantagens seriam tão evidentes que rapidamente entrariam nas rotinas diárias de docentes e estudantes.

As razões objectivas do insucesso misturam-se com as "desculpas" do costume. À margem dessa discussão, por obrigação ou "devoção", a utilização das plataformas nos estabelecimentos de ensino, cresceu como uma trepadeira que nunca foi podada - alguns ramos estendem-se a perder de vista, enquanto outros definharam à nascença, embora teimem em ocupar (simbolicamente) o lugar a que têm "direito", no cantinho privado do ciber espaço de cada escola.

Por necessidade ou obrigação, haverá sempre quem marque a diferença e consiga contagiar positivamente os que estão à sua volta.

Estaremos nós preparados para isso? 

Plataformas Moodle

17-02-2011 14:24

 A Moodle (Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment) é um sistema de gestão de cursos (Course Management System – CMS), desenvolvida em PHP1     para criar cursos através da internet com qualidade e, a sua principal vantagem é que possui código aberto, permitindo que qualquer utilizador modifique e faça adaptações do ambiente, de acordo com as suas próprias necessidades.

Os potenciais utilizadores são professores/formadores, responsáveis pelas áreas de ensino/formação nas empresas; escolas e organizações; equipes de apoio a actividades pedagógicas mediadas por computador; profissionais de EaD; tecnologia educacional ou pessoas interessadas em utilizar ou experimentar a Moodle para disponibilizar cursos a distância (e- learning), como complemento a aulas ou cursos presenciais e semi- presenciais (b-learning).

 

LISBÔA, E. S.; JESUS, A. G.; VARELA, A. M.; TEIXEIRA, G. H. & COUTINHO, C. P. (2009). LMS em contexto escolar: estudo sobre o uso da Moodle pelos docentes de duas escolas do Norte de Portugal. In Educação, Formação & Tecnologias; vol.2 (1); pp. 44-57, Maio de 2009, consultada em 16/2/2011 no URL: https://eft.educom.pt .

 

Relatório Módulo 2 - Análise crítica de uma ferramenta com potencial pedagógico - WIKI

03-01-2011 00:58

Conceito

O Wiki é um software (Wiki Wiki Web) inventado em 1995 por Ward Cunningham que permite a criação de páginas web, cujos conteúdos têm a particularidade de poderem ser editadas de forma colaborativa.

O conceito de Wiki propagou-se de tal forma que hoje é possível encontrar mais de uma centena de aplicações, elaboradas nas mais diversas linguagens de programação e disponíveis para diversas plataformas.

Entre estas aplicações, existem algumas de utilização gratuita. A mais popular é a Wikipédia (https://pt.wikipedia.org/wiki/), que conta actualmente com milhões de artigos que não páram de crescer e de se actualizar diariamente com a colaboração de milhares de cibernautas, registados um pouco por todo o mundo. 

Estrutura

As páginas, são criadas de forma simples, sem recurso a programação. Não têm uma hierarquia entre si e podem conter texto, imagens, vídeo e audio. 

À medida que se vão introduzindo novos conteúdos ou alterando os anteriores, os utilizadores da Wiki, num processo de hetero-regulação, vão aferindo a qualidade e aperfeiçoando os contributos de cada um. De tudo aquilo que é publicado fica guardado um registo histórico, de forma a que seja possível reverter algum erro que possa ocorrer durante a actualização.

O processo é simples - depois de criada a Wiki, cada utilizador que queira colocar um novo conteúdo ou alterar um já existente, precisa apenas de editar a página, modificá-la e gravar as alterações.

Algumas Wikis contam com a colaboração de especialistas que fazem a revisão dos conteúdos, no sentido de lhes conferir maior rigor científico.

Na educação

Esta ferramenta da Web 2.0, possui um forte potencial educativo que pode, entre outras vertentes, ser utilizado na reestruturação da dinâmica dos trabalhos a realizar pelo alunos, em grupo. Apesar de implicarem uma maior disponibilidade do docente, em relação aquilo que é considerado o seu trabalho tradicional, a utilização desta ferramenta permite tomar conhecimento do processo produtivo e do papel que cada um dos elementos do grupo desempenhou até à obtenção do produto final.

 

Mapa conceptual da integração curricular das TIC

29-12-2010 17:14

 Fica aqui o exemplo de um possível mapa conceptual da integração curricular das TIC, elaborado em grupo com a ferramenta CMapTools.

Potencial pedagógico das tecnologias

17-12-2010 00:14

 TIC e Necessidades Educativas Especiais

 

Os últimos anos têm sido produtivos em discussões, mais ou menos, acaloradas sobre a utilização das TIC nos estabelecimentos de ensino.

 

Primeiro falou-se de escassez de meios tecnológicos, depois, mais recentemente, de excesso. Discute-se a falta de motivação e de formação dos professores, a forma como as tecnologias foram colocadas nas escolas, as vantagens e desvantagens da sua inclusão na (dura) tarefa de ensinar que todos esperam da escola.  

 

Questionamos a utilização das tecnologias tentando perceber se são utilizadas no ensino como verdadeiros factores de inovação ou se provocam apenas mudanças nas práticas dos professores que se renderam à sua utilização.

 

À margem desta discussão, existe uma (imensa) minoria para quem o acesso à tecnologia não é apenas um eventual facilitador. Para muitos alunos, com necessidades educativas especiais (nee), só através do uso das tecnologias podem ter acesso ao currículo.

 

Referindo as tecnologias mais comuns: sistemas alternativos/aumentativos de comunicação (para alunos que não possuem linguagem oral), ampliadores e leitores de ecrã (baixa-visão ou cegueira), manípulos e teclados adaptados  para aceder ao computador (problemas motores), são tecnologias indispensáveis para que alunos com nee possam frequentar as escolas, em condições de equidade.

 

Para estas situações, pouco frequentes mas com enorme impacto na qualidade de vida dos sujeitos, a escola tem que estar disponível para integrar a tecnologia, sem reservas, sob pena de, se não o fizer, estar a excluir alguns dos seus alunos.

Curriculum design

29-11-2010 00:00

Comentário ao texto de Klein, M.F.,(1985), Curriculum design

Depois de ter lido as contribuições de muitos colegas que ajudaram a sistematizar aquilo que Klein apresenta como curriculum design, gostaria de me centrar num aspecto que me parece fundamental no texto - a necessidade de uma elevada consistência interna. 

 

Para que o currículo possa ter o impacto desejado ao nível das aprendizagens dos alunos tem de existir uma forte compatibilidade entre as fontes de informação (áreas disciplinares, alunos, sociedade) que foram privilegiadas e os elementos curriculares (objectivos, conteúdos, estratégias, avaliação,…). Caso contrário, será difícil olhar para o currículo e perceber claramente o que se espera de cada um dos intervenientes no processo de aprendizagem.

 

Talvez em busca dessa consistência interna, surge com alguma insistência a necessidade de discussão, nos estabelecimentos de ensino, da forma como deve ser feita a articulação horizontal e vertical do currículo, de forma a melhorar os resultados escolares. Analisam-se médias de provas de aferição, dados de avaliações externas e de relatórios de instituições nacionais e internacionais. Discute-se a sequencialidade de conteúdos de cada disciplina e estabelecem-se planos de reforço nas áreas disciplinares consideradas mais problemáticas. Anualmente, colocam-se as mesmas perguntas e encontram-se respostas semelhantes.

 

De um modelo de currículo desenhado com uma forte base disciplinar, a Escola procura ir ao encontro dos interesses dos alunos, para os manter motivados, e dar resposta às necessidades da sociedade que deposita naquela instituição um número crescente de responsabilidades, muito para além das expressas no currículo formal.

 

Será vantajoso continuar a discutir a articulação curricular ou será melhor debruçarmo-nos primeiro sobre a sua consistência?

 

 

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Relatório Módulo 1 - Integração Curricular das TIC

18-11-2010 00:00

 Referência às TIC nos programas do 1º Ciclo do Ensino Básico

Por ser docente do Grupo de Educação Especial, e não existir propriamente um currículo estabelecido para todos os alunos abrangidos por esta modalidade de ensino, optei por realizar o presente trabalho centrado nos programas do 1º Ciclo do Ensino Básico, onde já trabalhei como professor e do qual tenho também uma visão um pouco diferente, como pai de um aluno do 3º ano de escolaridade. 

Os actuais Programas do 1º Ciclo do Ensino Básico foram aprovados pelo Despacho nº 139/ME/90, de 16 de Agosto, publicado no Diário da República nº 202, II Série, de 1 de Setembro. Tanto no documento central, relativo aos conteúdos programáticos das áreas curriculares que integram os quatro primeiros anos de escolaridade, como nos princípios orientadores e objectivos gerais, não é feita qualquer referência explícita ao possível uso das tecnologias. No entanto, se olharmos para os objectivos gerais do Ensino Básico poderíamos identificar vários em que hoje, passados vinte anos, faria todo o sentido uma referência às TIC como forma de melhor os operacionalizar.

Mais tarde, com base no Decreto-Lei 6/2001, o Ministério da Educação definiu o perfil de competências que os alunos deveriam possuir ao terminar a escolaridade obrigatória, bem como os tipos de experiências educativas a que deveriam ter acesso ao longo desses nove anos. Nesse sentido, foi publicado em Setembro do mesmo ano, pelo Departamento de Educação Básica do ME, o “Currículo Nacional do Ensino Básico - competências essenciais”.

Este documento passou a ser uma “referência nacional para o trabalho de formulação e desenvolvimento dos projectos curriculares de escola e de turma a realizar pelos professores (...), enquadrando os programas curriculares em vigor” e apresentando-se como um guia para a reformulação dos mesmos, tanto do ponto de vista dos conteúdos, como da sua organização.

Generalizava-se, assim, uma maior flexibilização na uma gestão do currículo por parte das escolas e dos professores, já antes ensaiada em alguns estabelecimentos de ensino. 

Organizado em competências gerais, de operacionalização transversal, a desenvolver ao longo do ensino básico, e competências específicas de cada disciplina ou área disciplinar, entre outras novidades, introduz uma alusão clara às potencialidades educativas das tecnologias de informação e comunicação cuja utilização passou a ser considerada “parte integrante do currículo nacional”, enquanto meio que permite “aprendizagens de carácter instrumental cuja apropriação tem uma importância fundamental”. 

A título de exemplo, no que diz respeito às competências gerais, ou seja aquelas que seriam desenvolvidas ao longo da escolaridade obrigatória, aponta entre as acções a desenvolver pelo professor, a necessidade de “rentabilizar as potencialidades das tecnologias de informação e de comunicação no uso adequado da língua portuguesa”.

Ao longo do documento as referências explicitas às TIC vão surgindo em diversas disciplinas e áreas disciplinares, nomeadamente, as que integram o 1º Ciclo.

Curiosamente, este documento que abre a porta a (uma certa) “liberdade” relativa ao currículo que muitos professores reclamam, de acordo com a minha experiência pessoal, não me parece muito utilizado quando se planificam actividades a desenvolver com os alunos, ficando quase sempre os docentes “presos” aos programas da disciplina propriamente ditos.

Gostaria ainda de salientar a implementação do Plano Tecnológico da Educação que, embora não tenha  introduzido nenhuma alteração formal no currículo do 1º Ciclo, acabou por estruturar o modo como este se organizou (ou poderia ter organizado), em relação à utilização das TIC.

A distribuição de computadores portáteis (Magalhães) por todos os alunos do 1º Ciclo, através do Programa E-escolinha, veio tornar inadiável a discussão acerca da integração curricular das TIC. A formação proporcionada aos professores e a documentação disponibilizada, sobretudo, em sítios “oficiais” na internet, centrou a discussão na tecnologia, tocando, levemente e de forma quase marginal, nas questões relacionadas com a metodologia. 

Alguns docentes aproveitaram a janela de oportunidade e deixaram que a nova ferramenta viesse juntar-se às que já dispunham. Outros entenderam que não estavam ainda reunidas as condições para implementar essa prática. Uns e outros trabalham com base nos mesmos programas, as mesmas áreas curriculares, procurando que os alunos adquiram as competências que seria suposto atingirem no final da escolaridade.  

Em relação aos alunos, será que uns vão ser mais competentes que os outros quando tiverem que superar os desafios que vão enfrentar no futuro?


Net generation, Conectivismo e suas implicações

29-10-2010 00:00

 NE(X)T GENERATION

 

Quando entrei para a primária havia na sala um quadro de lousa preta e um mapa de Portugal. O professor usava o giz para nos ensinar a ler, escrever e contar. Na rua, jogávamos ao berlinde e fazíamos colecções de cromos. Nunca soube como se chamava a minha generation.

 

Mais tarde, já como professor, com o advento das fotocopiadoras, a informação disponível cresceu exponencialmente mas o quadro negro continuou a ser o epicentro da actividade lectiva. Jogava-se à bola nos intervalos e via-se televisão antes de ir para a cama. Seria, talvez, o tempo da copy generation. 

 

Hoje os alunos levam para a escola 8GB de multimédia no bolso. A informação está ao alcance de um click e cresce a uma velocidade superior à da luz. Os professores substituíram as fotocópias por ficheiros pdf e centraram a sua actividade nos quadros brancos (por vezes) interactivos. Passa-se o dia na escola e à noite continuam-se as conversas nas redes sociais. Sem sombra de dúvida - net generation.

 

Em 40 anos, as tecnologias disponíveis na escola mudaram muito mais depressa que as práticas. Em breve, fruto da evolução rápida das TIC, teremos uma outra generation, sentada nas salas de aula, à espera que o professor aponte o quadro, entregue a cópia, indique o link ou tome outra qualquer iniciativa adequada à tecnologia do momento.

 

Se não fizermos uma mudança de fundo, a nossa escola resistirá aos desafios da net e estará preparada para a next generation?

Aprendizagem multimédia e teoria de carga cognitiva

19-10-2010 00:00

As tecnologias entraram na escola como ferramentas para promover o sucesso educativo. Por si só não provocam facilitismo ao colocar o "conhecimento" ao alcance de um click. A forma como são utilizadas é que vai condicionar o resultado final. 

 

Na escola actual, a discussão (ainda) está mais centrada na tecnologia do que na metodologia, fazendo com que meios materiais ricos produzam resultados sofríveis.